O meu filho está a aprender a ler. Admiro a paciência, o amor e o carinho da professora que a cada nova descoberta dos seus alunos, incentiva-os com elogios, autocolantes e mensagens.  
É realmente mágico. Já me tinha acontecido, mas passados quatro anos, voltar a passar pelo mesmo processo é algo nobre e imensamente curioso. Cada nova letra, cada sílaba, parece que são portas que se abrem no seu conhecimento. E em cada saída, cada passeio, ele já lê alguma coisa, seja uma palavra bem pequenina ou parte dela, e nós ficamos felizes, porque ele entendeu e conseguiu e, segundo ele, não vê a hora de poder, como o irmão, ler as legendas dos filmes.... :)
Adoro esta fase, se bem que preocupo-me e ajudo em tudo o que posso, concretizando alguma aprendizagem, fazendo comparações para que não se esqueçam e esforçando-o para que leia cada palavra e não apenas a tente adivinhar, como costuma fazer.
Ontem escreveu o meu nome... e eu fiquei com aquele olhar de tola. Feliz com o coração aos saltos como se tratasse de uma mulher que recebeu de presente uma jóia rara. Mas foi mesmo assim que me senti. Ai, ele escreveu o meu nome. Suspirei, estava completamente rendida.  
Mãe - disse ele -  também aprendi o do pai. Eu fico assim, sempre que eles, sim porque tenho duas miniaturas de homenzinhos, que me surpreendem sempre pela positiva, com flores, com desenhos, coisinhas cheias de amor e eu fico uma mãe babada e feliz.
Será que estou a criar dois poenciais românticos?
Ao certo não sei. Nem é esse o meu real objetivo. Espero que amem a vida. Que respeitem o seu semelhante. Que  sejam e façam felizes as pessoas que mais próximo deles estejam, sempre. Se vou conseguir, não sei, mas todos os dias tento e quando colho um fruto desses, pequenino, o que mais importa é a troca de olhares, de sentimentos, porque é nas pequenas coisas que está a essência da vida e da felicidade. 
Ai, ele já sabe escrever o meu nome.... :) :) :)
Sejam felizes também, ok?